terça-feira, 8 de outubro de 2013

Meu livro Cobaia e Portais grátis até 9/10 18h00

Gosta de ficção? Curtiu o game Portal? Gosta de games a ponto de baixar na BGS? Até amanhã, 18h00 (horário de Brasília), meu livro Cobaia e Portais, inspirado no game Portal, estará custando o valor irrisório de NADA  no Kobobooks.

Abaixo, segue um trecho do meu livro!

Confira e baixe o seu! Gostou? Comente no Kobobooks e na Fan page do Facebook ou aqui mesmo! :-)

Curta-metragem profissa inspirado no game Portal.

Despertar – disquete 1 de 2

Chell voava e não tinha asas. O vento em sua queda acariciava sua face, balançava seu cabelo e sentia um friozinho nas canelas, descobertas pelo uniforme. Não imaginava que a esta altura e velocidade sentisse cócegas com o ar roçando sua nuca e seus dedos. Lembrou do pai e da tia com ternura.

Resgatou em um lampejo na memória o quanto sua família lutava. O quanto se provavam para viver e prover.

Esta era a provação de Sheila.

A 20 metros do chão, já devia ter despencado uns tantos 50 metros após mergulhar de uma plataforma de concreto no alto de uma enorme câmara de paredes cinzas. Carregava nas mãos um equipamento que se assemelhava a uma arma. Parte metálica, parte plástico, parte eletrônica, toda ela arredondada nas cores brancas e cinza, com o logo da Departure Science no lado direito.

(...) jaziam no chão para não mais levantar.

Com ela, Sheila mudava a realidade que conhecia há pouco. Criava portas. Portais.

Mirou para o chão, na porção onde pousaria. Apertou o gatilho com a mão direita, pondo mais pressão no dedo indicador. Um zunido particular foi acompanhado do disparo de um raio laranja que, ao chegar ao piso, criou uma abertura em elipse com contorno alaranjado.

Como se fosse um alçapão mágico, via-se naquela passagem no solo um corredor longo e metálico com água lodosa pouco abaixo, aparentemente repousando na vertical e desafiando a gravidade. Ao fim, pouco depois daquele corpo d’água, estava a saída daquele desafio imposto pela treinadora, pois era o que cada câmara era: um problema que demandava uma solução.

O que se via através do portal laranja não era uma passagem subterrânea. O caminho dava em outro portal na câmara da Sala de Teste 21. O portal laranja era um atalho.

Com uma velocidade muito acelerada despencando na vertical, Sheila atravessou o portal laranja, e foi arremessada na horizontal saindo de outra elipse, esta azul. Paredes metálicas a envolviam como uma câmara sufocante. Abaixo, a água outrora inofensiva representava a morte a um portador da arma de portais.

Sheila não mais tinha medo. Ela tinha a certeza de que superaria. Ela sabia, tão certo quanto sua família lutara por ela, que daria o sangue que fosse necessário e derramaria o sangue que precisasse. Sobreviveria a tudo que a instrutora lhe propusesse.

A lógica sempre lhe foi grande companheira. Se de certa forma a existência de tal equipamento subvertia os espaços e a própria física, por outro ele reforçava os mesmos conceitos, mas por outra perspectiva.
Um corpo há de se acelerar enquanto cai. (...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário